Poemas de uma carioca desgarrada (X)

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Há corações de todos os tipos, a listagem é imensa como as paixões, que só perdem para o inexaurível amor bandido.

Vejamos alguns.

– coração alado (“O aço dos meus olhos, E o fel das minhas palavras, Acalmaram meu silêncio, Mas deixaram as suas marcas.” – Fagner);

– coração valente (filme, música, jogador de futebol);

– coração transplantado (o dos pacientes dos cirurgiões Christiaan Barnard, Euryclides de Jesus Zerbini e Adib Jatene);

– coração azul (abaixo o tráfico de pessoas);

– coração partido (“O sofrimento acompanha sempre uma inteligência elevada e um coração profundo. Os homens verdadeiramente grandes devem, parece-me, experimentar uma grande tristeza.” – Fiódor Dostoiévski; “O coração delicado sofre menos das feridas que recebe do que das que faz…” – Santo Agostinho; “Diante de um coração partido, Nenhum outro pode falar, sem ter tido o grande privilégio, De igualmente ter sofrido.” – Emily Dickinson).

E há também o…

CORAÇÃO FROUXO

Arrebato,
grito,
Me arremato,
Me alinhavo,
Novamente arrebenta.
Acho que Deus
costurou meu coração
com linha frouxa,
podre,
nem de algodão,
nem de náilon.
Da próxima vez
vou pendurá-lo
Num cabo de aço.
Juro que faço!