Poemas de uma carioca desgarrada XIV

Sem introdução, sem prefácio, nada de repetir o já célebre “poesia numa hora dessas”. Estamos todos cansados e um pouco desiludidos. Hora de calar.

SILÊNCIO

No meu silêncio…
Cabem todos os mundos
Do mais singelo
Ao mais imundo.

No meu silêncio…
Cabem todas as cores
A mais clara
Também, a mais impura.

Em meu silêncio
Cabem todos os sentimentos
Do mais sublime
Ao mais infame!

Um silêncio abissal,
Inflamado,
Febril,
Gélido, vil.

Um silêncio pensante,
Cardo,
Fingindo-se de surdo,
Descaradamente sem face,
Mascarado de tristeza,
Buscando razão de ser,
Arquitetando pilares,
Sustentação de montanhas
jamais escaladas.

(-Norma Martins-)

http://shiningstarofourlove.tumblr.com/
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17 de julho de 2015

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mmsmarcos1953@hotmail.com

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