• Memórias/Memorialistas (LXXII)

    A memória é uma voz submersa, um jogo perverso entre lembrança e esquecimento. – O lugar mais sombrio, de Milton Hatoum – Reconfortante haver tomado as três doses da vacina – pedi música no Fantástico, o que foi liminarmente indeferido,…

  • Meu pai

    Sei que quando a gente é menino não é fácil entender, temos certeza que o que sentimos é eterno, não terá fim. O que é ruim, uma hora termina. Mais tarde você vai lamentar que as coisas boas também acabem…

  • Memórias/Memorialistas (LXXI)

    Sabemos hoje que a memória é absolutamente não confiável. Embora imaginemos nossas reminiscências como um registro preciso e estável do passado, elas são modificadas ao sabor das emoções toda vez que as acessamos.– Hélio Schwartsman – Fazia meses que o…

  • Prezado amigo Afonsinho

    Sem termos acesso à linguagem do passado, viveremos literalmente na inconsciência. Até acordarmos um dia e, como o personagem Winston, sentirmos apenas a memória difusa e ancestral de que houve um tempo de liberdade em que as coisas eram diferentes.…

  • Memórias/Memorialistas (LXX)

    Ao contrário do ofício do ator e do músico, o trabalho do escritor se dá em dois tempos: o momento da escrita, quando estamos sozinhos com nossos personagens, ideias e angústias, e o momento em que as histórias chegam ao…

  • Ideias místicas

    Sempre achei fantástico que as pessoas, no lugar de dizer que irão falar uma para outra, digam que vão escutar a outra. Uma bela diferença: o próximo encontro será para ouvir o interlocutor, não necessariamente para fazê-lo ouvir o que…

  • Era de uma vez

    As palavras chegam como guardas. É por meio delas que ficamos sabendo quando somos bem-vindos, corremos perigo ou somos inscientes. Como ensinou um filósofo, as palavras fazem coisas como juramentos, ofensas e promessas. Com elas travamos uma infinito combate contra…

  • Memórias/Memorialistas (LXIX)

    Cultura, arte e justiça nos humanizam. São o contraponto da truculência. – Andrea Pachá – No início deste estagnado ano me despedi do Erico Veríssimo, marcando reencontro para breve com vista a prosseguir nas considerações sobre o relacionamento entre autor…

  • O Bem Amado Odorico

    O Brasil não gosta de seu passado, e sempre achamos que não temos direito a futuro nenhum. Para disfarçar, mentimos alegremente sobre o que somos e o que queremos ser. Nunca fomos o paraíso anunciado, enganamos todo mundo com pandeiros,…

  • Folha Centenária (IV)

    A vaidade é uma das características do ser humano. Às vezes discreta, como a minha. Somos todos vaidosos, uns mais que os outros. Gostamose precisamos do reconhecimento e do aplauso do outro. É uma fraqueza dos seres humanos. – Tostão…