Início do ano de 1991 a Cia Mapati inicia suas atividades, em 1992 se constitui formalmente, no mês de agosto, pela nominada atriz, aluna da última turma de Dulcina de Moraes na então Fundação Brasileira de Teatro (FBT), depois transformada na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, em Brasília.
Ao longo de toda a sua trajetória, a Cia Teatral Mapati se especializou em seguimentos vários, merecendo inicialmente registro o de encenação de espetáculos personalizados para empresas e órgãos públicos através de utilização da linguagem teatral como importante ferramenta de comunicação institucional, seja para colaboradores(as), seja para clientes.
No propósito de não ficar circunscrita à Brasília, local de sua sede, resolveu a companhia lançar-se a uma empreitada desafiadora: estender seu campo de atuação para outras regiões do Brasil, inclusive e destacadamente as do interior dos estados. Para tanto, adquiriu, em 1998, um caminhão novinho na concessionária e, já numa firma especializada, o baú do veículo ganhou os contornos definitivos de um palco para apresentações artísticas.
Com esse palco ambulante foi possível levar cultura para boa parte do país, abrangendo praticamente qualquer localidade, por mais inacessível. O caminhão era um teatro que ia ao encontro do público, com toda a estrutura necessária (microfones, equipamentos de som e iluminação), e se prestava à apresentação artística, nas ruas, sem limite de plateia. Nesse palco móvel, o Mapati percorreria mais de 150 cidades, sempre com espetáculos gratuitos.
Em um périplo com duração de mais de 20 anos, o Mapati atravessou os seguintes estados – além de todo o Distrito Federal: Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe, São Paulo e Tocantins. A partir de então, nosso pessoal passou a descortinar as características, as marcas do Brasil, tanto as que traduzem progresso como as que retratam o atraso no seu molde mais contristador, que, sabemos todos e todas, pode ser abrandado pelo uso também da cultura mediante apresentações artísticas que encantam e ao mesmo tempo conscientizam.
O Mapati portanto difundiu, e difunde, arte despertando interesse tanto na população das cidades escolhidas para execução do projeto como nos representantes de órgãos do governo que incentivam a profissionalização de grupos locais e o fomento da cultura da região.
A cultura é uma componente essencial no desenvolvimento de qualquer nação. Por meio dela, os grupos sociais participam e contribuem para o bem coletivo. Juntamente com os fatores econômico e social, a produção cultural forma o tripé sobre o qual se apoia a cidadania de um povo.
