Alguns guardados (VI)

Amar para sempre pode ser reconhecer o que de bom cada pessoa trouxe.
– Djamila Ribeiro –

Neste blog, de mistura com escritos por mim cometidos, pontificam duas poetas e um poeta. Elas – uma é carioca da gema, estabelecida na Belo Horizonte desde os anos de 1970, e a outra, paulista, imune à sedução do nome Porto Feliz, desgarrada da cidade natal interiorana há mais de quinze anos, jogara sua âncora em Brasília. Ele – o terceiro integrante, um piauiense, de igual sorte acantonado no Quadradinho há mais de quatro décadas.

Os membros desse trio dogmático e fechado resistem em seu castelo à formação de quarteto.

Verificam-se intercorrências.

Uma mulher lutadora, manejando com proficiência o aríete, derruba o portão da fortaleza hermética e logo transpõe o caminho que a leva ao pátio tomado por súditos à espera da libação de versos de extremado lirismo.

imagem: Domínio Público/Pixabay

Leve pedra

de pedra
de fortaleza
de certeza hermética
de palavra concreta?

de água e vento fizeram-se meus entendimentos
esculpiram o estado
mudou-se

de energia
de desejo
de ballet denso
que voam e que caem, mas caem em cima

catalogada em mais um livro 
dita na boca de quem ousa
sentida no coração de quem teme
pedra, pequena lembrança suave de um amor atirado na vidraça da pureza

brasília, 5 de maio de 2015.

– dayse hansa –

#Djamila Ribeiro
#Dayse Hansa
#Quadradinho

01/02/2021
(328)
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