Carrossel

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Um dia, lá se vão quase 20 anos, apareceu no Mapati uma menina interessada em fazer teatro. Estava acompanhada da mãe, viu-se
no momento e confirmou-se depois, uma verdadeira mãe de miss. Matriculada, começou a frequentar o curso regular de artes cênicas. Aluna aplicadíssima, assídua, pontual, de um profissionalismo impressionante.

Tereza Padilha, a então professora da futura professorinha, acreditava por todos os títulos que aquela adolescente iria seguir carreira exitosa. Só que as conquistas profissionais da promissora aluna não se dariam no teatro. Aconteceriam na televisão e no cinema porque Rosanne,
ao ver de sua (dela) professora daquela época, teria o dom de brilhar mais nesses dois segmentos artísticos. Decerto, tal juízo fora externado não pelo fato de se estar perante um rosto bonito. É que a atriz possuia vocação predominante para a tela e para a telinha. Saliente-se que a dedicada e seriíssima analisanda chorou por causa desse comentário,
o qual, em verdade, não era uma desconstrução. Tratava-se de um toque, um sincero, desinteressado e amigo toque (pertinente ou não, isso hoje não tem importância), dado por quem entendia do metiê mas que eventualmente poderia estar errada no diagnóstico.

Recordo que, na peça Somos o que somos, encenada (em 1994?) no Mapati (anos depois, em Porto Seguro também) por nove meninas quase da mesma faixa etária, a aluna ora lembrada de forma doce mostrou que não estava para brincadeira, deixando-nos recado de que era isso que ela obstinada e competentemente iria fazer na vida dali para frente.

Rosanne, antes de terminar, pretendia dizer-lhe:

  • se um dia estiver circulando por Brasília e lhe sobrar algum tempo,
    dê uma passadinha em nosso teatro, onde certamente será muito bem recebida;
  • sempre gostei de seu pai e, apesar de não vê-lo há muito tempo, continuo admirador dele;
  • até hoje, assisti você no “JK” e num dos seus filmes, do qual não gostei muito; de sua interpretação, sim;
  • você é muito parecida fisicamente (e o jeito também) com a atriz Paolla de Oliveira; aliás, ela é que se parece com você, que é a mais velha; as duas, lindíssimas;
  • Lurdes, cadê você?;
  • faço todos esses registros com a mais absoluta sinceridade
    e sem nenhum propósito de aproveitar de seu reconhecido e merecido sucesso nacional, até porque nem eu nem o Mapati precisamos disso.
    É que rolou certa saudade daqueles tempos.

Até.

 

14 de setembro de 2013

(007)

mmsmarcos1953@hotmail.com

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