Poemas de uma paulista desgarrada (II)
A maior explosão de euforia ocorre na convalescença. E isso serve também para as poetas enfermas, mesmo a gente sabendo que elas não têm corpo, são etéreas, voláteis.
Por isso, em fase de arrostar dores (e sequelas certamente temporárias), nossa poeta paulista nos compele a fugir da selva desvairada e lança todos e todas, sem discriminações, no vislumbre da flor no deserto, uma contradição entre termos autorizada pela licença poética.
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Alegria
A flor que rasgou o chão seco
e desértico
Nem conseguia ter cor
mas saltou sorrindo pro dia
assim, sem motivo, de besta
Por isso que a gente
nunca desdenha da força
que tem o propósito
da alegria
O que não é muda cresce
e o que não cresce, muda.
É uma decisão
e pronto
Não tem pra nada
nem pra ninguém
Resolve-se
Executa-se
Um suspiro
e emerge-se
Feito fogo
no vento
Simples, raso, tosco assim.
(Dazi Antunes – Brasília – 03/03/15)
06 de março de 2015
(118)
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