Eneagrama

Aprendi que a palavra não foi feita para enfeitar, mas para dizer.

– Geovani Martins –

Consenso geral, os blog, nimbados todos de autorreferências, são das mais crepitantes fogueiras de vaidades. Num paradoxo, aproveito vaidosamente meu plantão neste espaço (autoridade houve que, noutra beirada do caldeirão dos desatinos judiciários, obrou em pleno desfrute de merecidas férias) para repelir a assertiva. E o faço de modo categórico. Culto à personalidade (o que é personalidade? Veremos) aqui não grassa, não prospera, dada a inexistência de leitores e leitoras para validá-lo. Por consequência, à míngua de elogios de terceiros – e de  pauladas de mesma origem – meus escritos resultam anódinos (começo a me revelar).

Era de descobrir, após travessia de infindáveis veredas, a razão do desinteresse do respeitável público em acessar os comentários e as observações feitos neste blog onde voga  português sofrível. Demais disso, urgia buscar o porquê do desterro deste blogueiro inzoneiro, proibido de ir inclusive às Flips – inda que na condição de turista (minha confissão se adensa).

Então (como diziam os paulistas e hoje diz todo mundo), numa epifania rumei ao encontro do Eneagrama…

Balela. A rigor, fui, mas fui de encontro à vivência, batendo queixo, relutante em mergulhar no imponderável.

Cheguei ao local programado, Quadra 909 Norte desta Brasília, nesse 12/07, sob condução coercitiva e ali, em compensação e desde logo, pude apreciar trechos de apostila elaborada por Luiz Mauro Renault Junqueira, terapeuta da Escola SAT, à luz de método desenvolvido pelo chileno Claudio Naranjo. Malgrado tenso, longe da denominada zona de conforto, aprendi, juntamente com vinte e três atentos colegas de “sala de aula”, que

“O Eneagrama é um modelo de funcionamento da personalidade humana, que oferece uma detalhada descrição dos mecanismos internos das pessoas, bem como uma previsão confiável de suas atitudes frente às diversas circunstâncias da vida. Funciona como um sistema utilizado para ajudar as pessoas a se conhecerem melhor e, assim, possibilitar-lhes trabalhar aqueles aspectos que atrapalham sua vida e a de outros (…).”

Gradativamente, incrementa-se a força pedagógica do citado professor, mineirinho cultíssimo e de boa cepa, na descrição introdutória do Eneagrama, ilustrado  mais adiante em figura de sua lavra:

“(…) Consta de um círculo com nove pontos eqüidistantes, interligados por nove linhas (…), de onde origina seu nome (Ennea = nove; Grammos = pontos). Cada ponto representa um tipo

de pessoa e, as linhas, os movimentos de transformação e influência recíprocas entre os tipos. Assim, segundo este modelo, há 9 grupos básicos de pessoas. A idéia central é que os integrantes de cada grupo têm uma característica específica dominante ou um traço negativo principal, que é o suporte dos demais, necessitando ser descoberto para a desidentificação dele. Tal traço fundamental estabelece a maneira de cada um estar e atuar no mundo; daí a importância de identificá-lo.”

Voz gutural acaba de soprar no meu ouvido, causando-me arrepios:

“Na próxima postagem, já com seus devaneios e divagações arrostados por dois mestres do Eneagrama – Naranjo e Luiz Mauro -, você identificará sem temor o eneatipo correspondente, primeiro passo no sentido de se desapaixonar por suas fixações.”

#Eneagrama   #Eneatipo     #Geovani Martins   #Luiz Mauro Renault Junqueira   #Escola SAT  #Claudio Naranjo   #Paixões    #Fixações.

18/07/2018

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mmsmarcos1953@hotmail.com

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