Obsessões musicais XXXI

(…) Tola história/grafada no livro do tempo/com um rastro plasmado de sangue/Tolos senhores(…)
– Jorge Amâncio –

Noruega ou Suécia, não se sabe até hoje qual o mais desenvolvido. Maneira geral o Brasil tende a ver a população sueca pertencente a um país situado em primeiro lugar nesse cotejo (e em quase todos), onde tudo funciona às maravilhas, inclusive os asilos, em realidade hotéis com todo conforto, a justificar o rótulo “melhor idade”.

Por minha vez, corroboro a classificação – não apenas por virtude da nação amiga na Copa do Mundo de 1958 nem pelo Ingmar Bergman.

Irmã minha, casada por muito tempo com um sueco, visitava o país do então marido todo ano. Em algumas dessas incursões, esticava até a Noruega. Lá, diante daqueles magníficos fiordes, vinha-lhe à mente a ideia de como o local, belíssimo e perturbador, era todavia para muita gente um convite potencial ao suicídio.

Recordo que em 2012 um alucinado atirador norueguês assassinou setenta e sete pessoas. Horror e paradoxo num país no qual se faz a entrega do Nobel da Paz, prêmio criado, pelo sueco Alfred Nobel, juntamente com os de Química, Física, Medicina, Economia e Literatura, recebidos esses cinco na capital Estocolmo por quem fora agraciado(a), mais um item a embasar a posição da Noruega como vice de nossa disputa, mesmo os brazucas correndo o risco de Oslo suspender novamente o dindim para preservação da Amazônia.

Também as garotas brasileiras voam.